A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, fez um chamado público para que cidadãos dentro e fora da Venezuela participem de manifestações pacíficas neste sábado, dia 6. O objetivo dos protestos é clamar por “paz e liberdade” no país sul-americano. O anúncio foi feito através de um vídeo divulgado nas redes sociais de Machado, poucos dias antes da data em que se especula que ela receberá o Prêmio Nobel da Paz de 2025 em Oslo, um reconhecimento que ela associa à luta pela democracia na Venezuela. O momento é crucial, pois ocorre em meio a tensões geopolíticas elevadas e pressões internacionais sobre o governo de Nicolás Maduro. A convocação representa um desafio direto ao governo e um teste para a capacidade de mobilização da oposição.

Manifestações em escala global

Machado informou que as manifestações estão previstas para acontecer em 80 cidades espalhadas por mais de 20 países. Ela encorajou os venezuelanos que residem no exterior a se informarem sobre os locais de encontro já definidos ou, caso não haja um ponto de encontro em suas respectivas cidades, a tomarem a iniciativa de organizar e propor novos. Essa mobilização global demonstra a abrangência do apoio à causa defendida por Machado e a preocupação da diáspora venezuelana com a situação política e social do país.

O papel da diáspora venezuelana

A diáspora venezuelana tem desempenhado um papel crucial na denúncia da crise no país e no apoio à oposição. Com milhões de venezuelanos vivendo no exterior, a capacidade de organização e mobilização dessa comunidade é significativa. Ao convocar a diáspora para participar dos protestos, Machado busca amplificar a voz da oposição e exercer pressão internacional sobre o governo Maduro.

O Prêmio Nobel da Paz e a luta pela democracia

Machado descreve o Prêmio Nobel da Paz como uma homenagem à luta democrática do povo venezuelano, à organização cidadã e à determinação de resistir à opressão. Ela afirma que a premiação serve como um incentivo para que os venezuelanos se mantenham firmes na busca pela liberdade e pela restauração da democracia no país. O prêmio, se confirmado, representaria um reconhecimento internacional da legitimidade da oposição venezuelana e da urgência da situação no país.

Um contexto geopolítico tenso

A possível entrega do Prêmio Nobel da Paz a Machado ocorre em um contexto geopolítico complexo e delicado. As relações entre a Venezuela e os Estados Unidos estão tensas, com o governo americano adotando uma postura crítica em relação ao governo Maduro. Além disso, a situação no Caribe também contribui para o clima de instabilidade na região. Nesse cenário, a premiação de Machado poderia intensificar ainda mais as pressões sobre o governo venezuelano.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br