A Polícia Federal (PF) ouviu o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, em depoimento no contexto da Operação Compliance Zero. A investigação busca apurar supostas irregularidades na compra de carteiras de crédito consideradas “temerárias” do Banco Master. A operação, que ganhou destaque na mídia, visa esclarecer se houve desvios de conduta ou crimes financeiros envolvendo a aquisição dessas carteiras, que poderiam ter comprometido a saúde financeira do BRB.
O caso levanta questionamentos sobre os critérios de avaliação de risco adotados na época da transação e se os responsáveis agiram em conformidade com as normas e regulamentos bancários. A colaboração de Paulo Henrique Costa no inquérito é vista como crucial para o avanço das investigações e para o esclarecimento dos fatos. O desenrolar deste caso poderá ter implicações significativas para a governança e a transparência no setor financeiro.
Investigação sobre a compra de carteiras de crédito
A Operação Compliance Zero centra-se na análise detalhada da compra de carteiras de crédito do Banco Master pelo BRB, sob a gestão de Paulo Henrique Costa. As autoridades policiais e investigadores buscam determinar se a aquisição representou um risco excessivo para o banco público, e se os procedimentos de análise e aprovação foram adequados. A investigação examina documentos, depoimentos e outras evidências para identificar possíveis irregularidades, conflitos de interesse ou atos de gestão temerária.
Detalhes da aquisição sob escrutínio
Um dos pontos centrais da investigação é o processo de due diligence realizado antes da compra das carteiras de crédito. Os investigadores buscam apurar se houve uma avaliação completa e precisa dos riscos envolvidos, e se o preço pago pelas carteiras era justo e compatível com o mercado. Além disso, a Polícia Federal está interessada em entender o racional por trás da decisão de adquirir as carteiras, e se essa decisão foi baseada em critérios técnicos e objetivos, ou se houve influência de fatores externos. A qualidade dos ativos adquiridos também é um ponto crucial, buscando-se verificar se as carteiras de crédito eram compostas por empréstimos com alta probabilidade de inadimplência, o que poderia ter gerado prejuízos para o BRB.
Posição da defesa e cooperação com a justiça
A defesa de Paulo Henrique Costa manifestou-se assegurando a legalidade de todos os atos praticados durante sua gestão no BRB, e expressando total cooperação com as autoridades. Os advogados afirmam que a compra das carteiras de crédito do Banco Master foi realizada em conformidade com as normas internas do banco e com a legislação vigente, e que todas as decisões foram baseadas em pareceres técnicos e jurídicos. A defesa alega que a operação foi benéfica para o BRB, e que contribuiu para o aumento da rentabilidade e da diversificação da carteira de crédito do banco.
Alegações de legalidade e transparência
A defesa de Costa enfatiza que todos os documentos e informações solicitados pela Polícia Federal foram prontamente fornecidos, e que o ex-presidente está à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. A defesa busca demonstrar que a gestão de Paulo Henrique Costa no BRB foi pautada pela ética, pela transparência e pela responsabilidade, e que não houve qualquer intenção de lesar o banco ou de obter vantagens indevidas.
Fonte: https://r1palmas.com.br