Uma operação da Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 90.840 em dinheiro vivo no veículo oficial utilizado por Rodrigo Bacellar, atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A ação, que faz parte da Operação Unha e Carne, também resultou na apreensão de três telefones celulares pertencentes ao parlamentar, os quais serão submetidos a perícia. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e investiga o possível envolvimento de Bacellar no vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun. Essa investigação mira a suposta ligação do parlamentar com o ex-deputado estadual TH Joias, suspeito de envolvimento com o crime organizado.
Operação Unha e Carne: Detalhes da investigação
A Operação Unha e Carne tem como objetivo apurar a participação de Rodrigo Bacellar no vazamento de informações da Operação Zargun. De acordo com a Polícia Federal, Bacellar teria alertado TH Joias sobre a iminente deflagração da operação e o teria orientado a fugir e destruir provas que pudessem incriminá-lo. Essa conduta configuraria obstrução de justiça e favorecimento ao crime organizado. A defesa do presidente da Alerj nega veementemente as acusações e afirma que ele está colaborando com as investigações, prestando todos os esclarecimentos solicitados pela Polícia Federal.
Suspeita de obstrução de justiça
A principal linha de investigação da Operação Unha e Carne aponta para a suspeita de que Rodrigo Bacellar, valendo-se de sua posição de influência, teria utilizado informações privilegiadas para alertar TH Joias sobre a Operação Zargun. Essa atitude teria como objetivo impedir a prisão do ex-deputado e a apreensão de provas que pudessem ligá-lo ao crime organizado. A apreensão de R$ 90.840 em dinheiro vivo no carro oficial do presidente da Alerj reforça as suspeitas de envolvimento em atividades ilícitas.
Operação Zargun: O contexto da investigação
A Operação Zargun, deflagrada em setembro, investiga a atuação do Comando Vermelho no Complexo do Alemão e sua suposta infiltração em órgãos públicos do Rio de Janeiro. O objetivo da organização criminosa seria garantir a impunidade de seus membros e facilitar a prática de crimes como tráfico interestadual de drogas, contrabando e importação de armas. A operação resultou na prisão de diversas pessoas, incluindo TH Joias, policiais militares, um delegado federal e ex-secretários estaduais.
Trajetória política e implicações
Rodrigo Bacellar possui uma longa trajetória política no Rio de Janeiro. Já ocupou o cargo de secretário estadual, foi eleito deputado estadual por duas vezes e, em fevereiro deste ano, foi reconduzido à presidência da Alerj. A apreensão de dinheiro vivo e a investigação em curso representam um duro golpe em sua imagem e podem ter graves consequências para sua carreira política.
Impacto na alerj e no cenário político
A investigação contra o presidente da Alerj gera instabilidade no cenário político do Rio de Janeiro e levanta questionamentos sobre a lisura da administração pública. A Assembleia Legislativa, que já enfrentou diversas crises de imagem nos últimos anos, volta a ser o centro de um escândalo que pode comprometer sua credibilidade perante a população.
Fonte: https://www.blogdobg.com.br
